Tudo tá na Moda

Alguma vez você já se questionou sobre sua existência na terra? Como surgiu o mundo? Se existe um criador? Perguntas difíceis de responder não? Questões como estas são abordadas no filme “O Sétimo Selo”, 1956 do cineasta sueco Igmar Bergman, caracterizado por seus filmes e peças questionadores, políticos e existenciais. Neste filme é retratado não só estas, mas outras dúvidas que fizeram e ainda fazem parte do mundo contemporâneo.

Baseado na Idade Média européia, a historia relata um cavaleiro medieval que ao voltar de uma cruzada encontra sua cidade devastada pela peste e tomada pela morte, destemido e não a temendo o cavaleiro a convida para uma disputa de xadrez, onde serão indagadas questões sobre o sentido da vida, morte e religiosidade, de forma racional, assim como em um jogo de xadrez.

Com um final surpreendente (não se deve contar finais de filmes, mas ai vai), o autor deixa claro que não existe resposta para algumas questões e os únicos sobreviventes da cidade assolada pela morte são uma família de artistas, o que nos leva a refletir que a vida deve ser levada com graça, alegria e arte.

E falando em arte o ultimo desfile masculino outono/inverno 2010 de Alexandre Herchcovitch foi invadido pela “Sétima Arte”, inspirado no filme acima, a passarela de Herchcovitch estava coberta de um material brilhante e negro, saindo dela, crânios raspados, roupas em tons de cinza, preto e branco, dando a mesma dualidade dos personagens do filme, na face, muita maquiagem. Será que essa face, era a face da morte? Não! A morte veio adiante, muito amiga e sem pressa.

Mas ainda não encontrei a resposta para algumas destas questões. Existe um criador? Sim, existe! O criador desta arte divina que é o mundo. E nesta obra-prima cheia de mistérios encontramos inúmeros criadores, e um deles é Alexandre Herchcovitch, trazendo em sua coleção a Morte.

Xeque Mate!

 Cena do filme "O Sétimo Selo" de Igmar Bergman